domingo, 23 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

Lua inchou no mesmo momento assumindo uma expressão carrancuda de quem ia revidar, mas parou ao sentir braços quentes envolvendo-a pela cintura e um beijo molhado sendo depositado em seu pescoço, antes de ouvir a voz grossa e cheia de sotaque de Arthur atrás de si.

"A reação de Mel e Pedro foi a mesma. Arregalaram os olhos assustados com a cena enquanto Pérola parecia em choque.

Arthur apenas sorria enquanto Lua o olhava confusa.

"Gostou da surpresa meu amor?" - ele perguntou sorrindo.

"Arthur"... - ela começou - "O que..."

"Senti sua falta. Desculpe-me por ontem, realmente não pude lhe ver".

Lua esqueceu das demais pessoas a sua volta e virou-se buscando os ouvidos do moreno para sussurrar.

"Era mesmo para tornar isso publico?"

"Não tenho nada contra isso". - ele disse com bom humor.

"Vocês estão juntos?" - Perguntou Pérola e antes que Lua respondesse Arthur confirmou.

"Desde quando?" - desta vez foi Pedro que perguntou.

"Desde a semana passada" - Arthur respondeu de novo.

"Tão rapido Lua?" - Pedro perguntou indignado esquecendo a presença de Pérola.
Lua torceu-se em raiva.

"Não que eu lhe deva alguma satisfação Pedro, mas sim, tão cedo. Não tem o mínimo direito de me cobrar nada já que você foi quem me abandonou as vésperas do casamento. Não que seja algo do qual eu tenha algum ressentimento, afinal você acabou me fazendo um grande favor".

Arthur apenas alargou mais o sorriso.

"Vamos Lua, temos coisas bem interessantes para fazer hoje. Com licença". ele a tomou pela mão, depois fez o mesmo com Mel e saiu de lá. “Hoje não, hoje a vela será Mel". - ele disse com tom brincalhão.
Sem uma palavra sequer Arthur levou Lua o seu carro, abriu a porta para ela. Com cuidado a colocou dentro do carro depois virou-se para Mel abrindo a carteira.

"Toma morena, pega um táxi. Depois a gente conversa".

Mel nada disse, apenas assentiu.

Lua ainda estava meio que em choque quando Arthur entrou no carro no banco do motorista e ligou a maquina ganhando as ruas.

Já estavam a uma certa distancia do shopping quando ela falou.

"Esse é meu carro sabia?"

"Hum hum".

Ele disse.

"Então supõe-se que eu devia estar no banco do motorista".

Ele nada disse.

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