terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"É melhor não gritar Blanco" - ele disse num falso tom de ameaça e riu.

" O que pensa que está fazendo?" - ela sibilou enquanto o via tirar as mãos de baixo de si trazendo junto o que restou de sua lingerie e a faca.

"Você cortou minha calcinha?"

Ele riu pelo nariz enquanto jogava os dois objetos na lixeira.

"Ela não me deixaria fazer o que pretendo".

Quando Lua pensou em protestar Arthur cobriu sua boca possessivamente, calou-a da maneira mais eficiente que conhecia e começou com sua vingança.

Deslizou a mão por dentro do cobertor outra vez, agora tinha a intimidade dela livre para si, mas não a tocou de imediato. Enquanto a boca se ocupava em calá-la, as mãos ocupavam-se de enlouquecê-la.

Ele passeou a mão pela coxa dela, a outra brincava com sua nuca. Lua gemeu.

"Arthur..."

Ela sussurrou dentro da boca dele e ele riu deslizando a língua para dentro da boca dela e roubando-lhe o pouco de sanidade que ainda tinha.

A Língua de Arthur era atrevida e imperiosa, dominava-a por completo enquanto explorava de seu gosto a sua alma. As mãos ainda brincavam por seu corpo e ela estava entregue, completamente entregue.

Apertou as pernas dela com possessividade e ela gemeu antes de protestar.

"Arthur pelo amor de Deus...Alguém vai nos ver..."

"Seremos discretos".

Foi só o que ele disse.
Arthur ajeitou-se mais no assento e deslizou a mão mais pra cima acariciando-a superficialmente onde mais queria. Sentiu Lua tremer com seu toque e seu corpo vibrou com uma sensação de poder.

A mão na nuca ainda amolecia sua resistência e a boca quente não a deixava pensar.
Delicadamente ele a forçou a abrir as pernas.

Ela gemeu tentando recusar, mas apenas conseguia seguir o ritmo marcado por ele.

"Isto é muito perigoso, Arthur".

"Sei que é".

"Não deveríamos estar fazendo isto" — insistiu Lua.

"Também não deveríamos ter feito no carro , mas foi maravilhoso e sei que não se arrepende.

"Mas isto é...Ah..."

Ela perdeu a linha do raciocínio quando sentiu o dedo polegar de Arthur deslizar através da suave intimidade que se escondiam entre as pernas, imediatamente seus olhos se obscureceram de desejo.

Ela sentiu o corpo sacudir involuntariamente.

Ele a beijou mais intensamente enquanto afundava um dedo nela fazendo a arquear e quase entrar em colapso.

"Não vá gritar, escandalosinha".

Ela queria bater nele, mas no momento não podia fazer nada.
Ele continuou sua lenta tortura, acarinhando-a de maneira enlouquecedora, fazendo-a perder o rumo da sensatez. Sua visão ficou turva e teve que munir-se de todas as suas forças para poder sussurrar.

"OH, meu Deus".

Pareceu um incentivo, então com um rápido movimento deslizou o dedo mais a fundo. Ela retorceu-se.

"Você é linda, é tão sensual, estou louco por você Lua, quero fazer amor com você por horas seguidas, quero te manter cativa na minha cama para sempre".

Ela tremeu.

Lua desesperou-se e largou um gemido em sua garganta enquanto se afundava mais em seu assento, tremendo como se estivesse em convulsão.

Arthur deslizou um dedo mais pra dentro dela, excitando-a de tal modo que ela se perdeu num mar de fogo e sentiu-se arder por dentro.

Depositou pequenos círculos ao redor do seu clitóris e ela instintivamente começou a acompanhar o ritmo, rebolando no compasso que seus dedos ditavam.

Ele acelerou, ela foi junto com ele. Sentiu seu clímax próximo, e sabia que seria intenso, explosivo, mas não queria mais evitá-lo, não podia mais.

Justo neste instante voltou a aeromoça.
Lua retesou o corpo tensa, mas Arthur não parou. Ele simplesmente intensificou as caricias.

A mulher parou em frente a ele, não conseguira perceber nada pelo fato de Arthur ter se coberto junto com ela, mas Lua estava pálida feito cera.

Arthur era o oposto, sorriu luminosamente para a mulher.

"Deseja algo senhor?"

Perguntou mais uma vez insinuante, mas Lua nem pôde questioná-la ou fazer cenas de ciúmes, os dedos dele não permitiam que se movesse.

"Sim, uma água. E você amor? Quer algo?"

Lua encarou-o tensa, suada, ofegante, enraivecida.

Ele tornou a olhar a aeromoça e sorriu. Seus dedos afundaram-se com mais pressão nela e ela sufocou um gemido.

"Uma água para minha namorada também.

"Ela está bem?"

A mulher perguntou desconfiada.

Arthur mordeu os lábios tentando desesperadamente evitar uma gargalhada, mas os dedos ágeis não pararam um segundo de trabalhar dentro dela.

Lua estava muito tensa, o orgasmo iminente se aproximando, ela tentando com todas as forças controlar os gemidos, gritos, as reações do seu corpo e retardar o gozo inevitável.

Ele continuou, e quando seu polegar resvalou em seu clitóris em um ritmo intenso ela tremeu perceptivelmente. Ela ia gozar e não conseguiria evitar fazê-lo em frente a uma aeromoça muito preocupada com seu 'estado'.

Fechou os olhos em desespero quando uma nova tremedeira que precedeu seu clímax chegou.

"Você está tremendo senhorita, o que está sentindo?"

Perguntou a pobre mulher muito preocupada.

O que ela responderia?

Meu namorado pervertido esta me torturando sexualmente?

Não seria algo muito inteligente para se dizer.

Arthur apertou seu clitóris varias vezes, ela sofreu outro solavanco e sussurrando respondeu.

"Tenho...frio...".

A mulher no mesmo momento arregalou os olhos e correu em atendê-la.

"Não se preocupe senhorita, trarei um cobertor extra".

E depressa, se direcionou para uma cabine.

No momento em que a aeromoça deu as costas, Lua tentou juntar forças para afastar-se de Arthur, mas ele com um movimento ágil, pegou a mão livre e segurou seu rosto beijando-a de novo enquanto os dedos em baixo trabalhavam mais freneticamente.

Ela deixou escapar um gemido mais alto que foi abafado pelo beijo imperioso.

Ele a beijou com luxuria, varrendo tudo de sua mente, exceto o desejo e a sensação indescritível de prazer que seus toques e seus beijos lhe causavam.

Abandonou os lábios dela por instantes, encostando-os em seu ouvido enquanto sussurrava:

"Liberte-se agora...goze pra mim, me deixe te levar ao céu e te ver vibrar de prazer me deixe saber que posso te dar o céu".

Ela tremeu ainda mais.

"Vamos Lua... Liberte-se..."

Ela sentiu o ventre inchar, seus músculos retesaram, ele agilizou ainda mais os movimentos e então de repente as pernas dela fecharam-se ao redor de sua mão, os quadris ganharam vida em movimentos frenéticos que corriam seguindo o ritmo dos dedos.

Então ela rendeu-se, queria aquilo e queria com loucura. Fechou os olhos e agarrou-o pelo pescoço, cravou as unhas em sua nuca.

Ele entendeu o momento. Colou a boca na dela e sufocou com isso seu mais longo e sensual gemido de prazer, um som que substituía qualquer palavra, um som que dizia claramente que ela havia alcançado o céu.

Lua prensou a mão dele entre as pernas e arqueou buscando o contato mais intimo possivel, buscando estender aquele orgasmo delicioso, sem duvida algum, um dos mais deliciosos que já havia sentido na vida.

Aos poucos seu corpo foi acalmando, a respiração voltando ao normal. Ele deixou a cabeça pender no ombro dele, exausta demais para brigar, retrucar ou exigir explicações. Satisfeita demais para se dar o trabalho de estragar o momento.
Lua deixou-se invadir pelo torpor pós clímax e relaxou completamente no ombro do namorado e só se deu conta da realidade novamente quando a aeromoça retornou com um outro cobertor.

Quando a mulher parou e chamou, Lua abriu os olhos e levantou o rosto e viu a expressão da mulher mudar para duvida.

"Ainda está com frio senhorita? Me parece acalorada, está vermelha e suada."

Lua ficou ainda mais vermelha com a pergunta da mulher e teve ganas de matar Arthur por estar sorrindo tão descaradamente ao seu lado.

"Estou...eu..."

Ela tentou justificar, mas foi o ruivo em toda majestade de sua cara de pau que respondeu.

"Minha namorada tem problemas com altura, por isso as mudanças de sensações, ela está com calor agora, mas obrigado pela preocupação.

A Mulher sorriu, era fato que Arthur a encantava.

"Deveria ir até o banheiro senhorita, quem sabe se molhar o rosto e tomar uma água gelada não se sente melhor".

Lua ainda tremia um pouco internamente, mas conseguiu assentir e não soube diferenciar o desejo e a raiva que sentiu quando ouviu Arthur falar mais uma vez.

"Ah sim, tem razão senhorita. O banheiro é uma ótima opção".

Ficaram unidos, mesmo apos aplacarem a fúria do desejo que sentiam, ficaram colados, ofegantes...

Era cada vez mais viciante, mais explosivo e mais maravilhoso.

Quando finalmente recuperou os sentidos, Arthur olhou-a, o rosto suado, vermelho e satisfeito. Ele sorriu.

"Eu... - ele parou, quase disse eu te amo mas as palavras estancaram na garganta.

Ela o olhou, impossível não sorrir, mas seu corpo ainda estava anestesiado.

"Estou exausta" - ela disse arranacando um sorriso abafado dele.

Arthur afastou-se uns minutos, deixando-a apoiar-se na pia. vestiu as roupas, menos a camisa rasgada, depois delicadamente ajudou-a a se vestir.

"venha" - ele pegou-lhe a mão, tirou-a do banheiro e agarrou sua cintura.

Ambos estavam de uma maneira que denunciava o que tinham feito. Roupas e cabelos em desalinho, respiração ainda ofegante, rostos suados e sorrisos satisfeitos, havia a palavra SEXO estampada em suas testas, além dos gemidos altos.

Com certeza haviam ouvido, mas ele não se importava, certamente Lua iria se importar quando recuperasse a sanidade, mas agora ela não queria saber.

Levou-a para a poltrona de novo amparando-a nos braços, os olhos curiosos dos outros e os invejosos de Pedro acompanharam o trajeto.

Depois que a acomodou no assento ele sentou-se junto e a abraçou.

Ela virou-se sonolenta, e apoiou a cabeça nos ombros largos dele.

Arthur sentou-se meio de lado facilitando o abraço e fechou os olhos também.

"Eu vou matar você quando acordar Arthur" - ela disse aos sussurros.

Ele sorriu.

"Eu sei olhos lindos, eu sei".

Lua dormiu até o pouso e quando chegaram não houve muito tempo para conversar com Arthur sobre o que houve no avião.

Tiveram que rumar imediatamente para a corte, parando apenas por 15 minutos no escritório dos Aguiars em Lisboa para que Os advogados pudessem se organizar.

Lua aproveitou para se recompor.

Durante o trajeto até o escritório Lua quase não falou com ele, fora fria em todas as respostas que lhe dera, ele não esperava menos que isto.

Arthur estava um pouco preocupado, sabia que Lua não aceitaria tão fácil a provocação do avião. Sabia que teria de contornar a situação, mas já sabia o que fazer. Ela poderia até estar fria e continuar com sua muralha de gelo durante a estadia em Lisboa, mas quando chegassem no hotel em Madeira, ele venceria sua resistência.
Já tinha tudo preparado para a grande noite, na verdade a idéia inicial seria posta em prática se este contratempo com Mica não houvesse ocorrido, mas ele não iria desistir, Arthur tinha muitos planos para Lua naquela ilha.

Faria com que ela se lembrasse de sua estadia para sempre.

As reuniões ocorreram sem qualquer transtorno, não houveram pausas ou muitos problemas, logo tudo estava resolvido e eles poderiam retornar.

Já estava muito tarde, todos estavam exaustos e apesar de Arthur querer muito voltar logo com ela para Madeira, seria melhor que se hospedassem em algum hotel para passar a noite e voltassem logo pela manhã.

Logo de inicio Lua ficou reticente em dividir um quarto com ele.

"Lu por favor"

Ele pediu baixo.

"Não vamos brigar aqui na frente de todos vamos?"

Ela o encarou friamente.

Ela o encarou friamente.

"Não dividirei um quarto com você Arthur Aguiar, não vou esquecer o que me fez naquele avião".

"E onde vai dormir?"

Ele perguntou.

"Alugaremos quartos separados".

Ela disse enfática.

"De jeito nenhum!"

Ele rebateu nervoso

"Não vou deixar você dormir sozinha para aquele sonso do Pedrita tentar te sondar".
"Isto é ridículo Arthur!"

"Isto é ridículo Arthur!"

"Ridículo ou não, não aceito isto".

"Eu tenho direito a decidir se quero ou não dormir com você".

Arthur ficou preocupado, afinal estava perdendo aquela batalha. Então ele aproximou-se de Lua calmamente e mesmo com resistência da parte dela ele a abraçou.

"Lua ouça... Sei que você está... Chateada... - ela o olhou feio - No mínimo - ele corrigiu. - Mas não acha que devemos resolver isto como adultos? Você vem comigo, a gente se hospeda juntos, assim ninguém precisa saber de nada e lá no quarto conversamos".

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