A semana se passou e cada dia Lua ficava mais intrigada. Arthur não fazia nada além de beijá-la. Certo que os beijos estavam cada vez mais intensos, e ele sempre a levava as alturas com os lábios, mas não passavam de beijos.
Ele não a tocava ou tentava tocar, não insinuava nada, não a convidava para a casa dele, nada que indicasse que teriam sexo.
Ela ficava cada vez mais tensa sobre quando iniciariam de fato as aulas sobre as quais falaram.
Era domingo, estavam voltando de uma boate. Lua estava meio alta pelo vinho que tomara. Arthur era uma companhia adorável, sabia fazer rir como também sabia ouvir nos momentos certos.
Lua falara de sua vida com ele abertamente, falara de Pedro, da raiva que sentia e da falta de amor no relacionamento.
Arthur a questionara sobre esta falta de amor e o empenho dela em provar a Pedro seu erro e ela lhe assegurou que era apenas vingança.
"Quero que ele veja o que perdeu e remoa isso para o resto da vida. Quero mostrar a ele que o homem certo desabrocha uma mulher e o homem errado faz dela uma frígida".
Arthur apenas riu com a frase.
"Sou o homem certo"?
"Provavelmente. - ela disse - Pelo menos parece ser um homem que sabe desabrochar uma mulher".
Lua percebera que o carro não seguia o curso normal para o caminho de sua casa. Viu Arthur seguir para o sul e o questionou:
"Onde está me levando?"
" A regra numero dois diz: Confie em mim"
"Não disse que não confiava em você, apenas quero saber para onde vou".
"Vai para o céu".
Foi tudo o que ele disse.
Lua não o questionou mais, apenas recostou o rosto ao vidro do carro e observou a paisagem.
O carro de Arthur diminuiu a velocidade e entrou no estacionamento de um prédio.
"Onde estamos?"
Ela indagou.
"É hora de minha namorada conhecer minha casa".
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