terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"Sei que fizemos amor pela manhã, mas estou louco de desejo por você".

Ela correspondeu ao beijo, enterrando os dedos e as unhas bem feitas em seus cabelos.

"É recíproco".

Respondeu ofegante.
Ele segurou seu rosto de maneira que só ele sabia mesclar possessividade com delicadeza, ela sentiu os dedos ásperos em sua nuca, por baixo de suas orelhas, o beijo ávido e intenso roubando seu fôlego enquanto ele a empurrava para trás em direção a cama.

Havia urgência, muita urgência em chegar lá.

No caminho, os mesmos dedos que eriçaram sua pele na nuca, desceram deslizando pelo corpo, roçando a lateral dos seios, fazendo-a arquear e seus mamilos enrijecerem sob o toque. As mesmas mãos buscaram a barra da camiseta, enquanto as dela foram ao foco principal, o zíper.

Na adrenalina e ansiedade que precedia o ato do amor, acabaram esquecendo que nadavam e acabaram tombando na cama, ela por baixo dele.

A queda apenas favoreceu a intimidade, com um gesto preciso ele insinuou o joelho por entre suas coxas separando as pernas dela forçando um contato mais intimo, tão mais intimo que a fez sibilar seu nome.

Aquilo só serviu para aumentar seu frenesi, com impaciência, deixou de tentar tirar sua camiseta amigavelmente e a rasgou, ela gemeu mais alto com o susto mas aquilo excitou-a ainda mais.

Estavam tão perdidos um no outro que mal puderam acreditar quando ouviram um celular tocar.

"Arthur..."

Ela alertou entro beijo.

"Hum".

Ele respondeu sem parar de beijar.

"Arthur... O celular" - ela disse apesar de não querer desgrudar dele.

"Deixa tocar". - ele disse com urgência

Deixaram, por algum tempo tentaram esquecer que aquele aparelhinho irritante estava tocando desesperadamente, mas não dava, a insistência era grande demais.

"Arthur, deve ser importante..."

"Nada, olhos lindos, nada é mais importante que estar com você, nada é mais importante do que ser seu e te fazer minha, esqueça o resto".

Era quase impossível não esquecer, principalmente quando ele pedia daquele jeito, com aquele olhar, com a boca tão próxima a dela, com as mãos sobre ela.

Mas o telefone continuara tocando, repetidamente até que ele não aguentou mais.

"Droga! Vou quebrar esta porcaria".

Ela se assustou a principio. Desde que começaram a sair só vira Arthur nervoso uma vez e foi quando falou sobre as ofensas de Pedro, mas agora ele estava irado. Porém o susto foi inicial apenas, pois rapidamente tornou-se diversão ao vê-lo em plena ereção, com uma face de menino abandonado e desesperado.

"Não ria de mim, isso não é engraçado".

Ele tentou soar sério mas a careta que ele fez apenas a incentivou a gargalhar.
Arthur pegou o telefone contrariado e atendeu sem nem mesmo ver quem estava ligando;

"Alô".

Ele ficou em silencio por alguns minutos, com um semblante sério, que se fechava cada vez mais.

"Tem certeza Mica?"

Lua franziu o cenho olhando-o e estranhando o fato de Micael ter ligado, afinal tinham se falado a menos de meia hora.

"Você tem certeza que não podemos deixar isto para amanhã?"

Lua viu Arthur fazer uma careta de desagrado e concordar com raiva com alguma coisa que seu irmão lhe dizia no telefone.
Arthur fechou o aparelho com um pouco de violência e jogou em cima da bancada.

Virou-se para Lua e ela percebeu que ele tentava se controlar.

"O que houve Arthur?"

Ele a olhou, havia algo de sofrimento em seu olhar.

"Micael está com problemas. Jhon Saint, o cara que o está acusando de plágio conseguiu um mandado para impedir que ele abra o King Aguiar até o fim do julgamento.

" Que coisa terrível".

"Ele precisa que viajemos até Lisboa para tentar reverter isto".

"Sim, precisaremos recorrer".

"O problema é que ele quer que viajemos hoje, na verdade ele nos espera em meia hora no aeroporto".

Lua arregalou os olhos.

"Hoje? Agora?"

"Sim, amanhã à noite tinha algo especial, um tipo de evento que fazem todos os anos aqui em King Aguiar, e a maioria das reservas foi feita para este dia em especial. Se não conseguir autorização para abrir o complexo amanhã ele perderá muito dinheiro".

"Isso é horrivel Arthur... Mas tudo bem, creio que o jato possa nos levar até Lisboa em pouco tempo".

"Este é outro problema Lua, Mica precisou do Jato, teremos de ir em vôo comercial".

Lua suspirou derrotada. Parecia que a super noite acabara.

"Temos que ir Arthur, não podemos deixar seu irmão perder tanto dinheiro".

Arthur deu um muxoxo engraçado e ela quase gargalhou com a atitude infantil dele, teria gargalhado se ela mesma não estivesse tão frustrada e excitada quanto ele.

"Vamos nos trocar, precisamos ir logo". - ela disse quando ele chutou o pé da cama.

Quando Lua passou por ele em direção ao banheiro, ele a agarrou pela cintura e beijou seu pescoço, fazendo menção de ir com ela para o banheiro, mas ela o parou.

"Nem pensar, se você entra neste banheiro, seu irmão vai a falência".

Arthur deu outro muxoxo, mas mesmo a contra gosto deixou-a ir sozinha.

Chegaram ao aeroporto a tempo e o avião decolaria em poucos minutos, Micael parecia nervoso, andava de um lado para o outro com o semblante fechado, Arthur nunca o tinha visto assim. Era realmente sério.

Aproximaram-se do balcão de embarque e encontraram a equipe de defesa reunida. O humor de Arthur piorou quando viu o sorriso satisfeito de Pedro, que parecia estar adivinhando o quanto aquela viagem abalara seus planos.

"Lua... - ele disse com um sorriso triunfante - Vejo que veio nos ajudar. Será que agora poderíamos nos reunir e..."

"Não, ela não pode. Lua está aqui para supervisionar portanto no momento ela não está trabalhando - Disse Arthur com toda grosseria que podia - O caso é seu, trate de honrar seu nome como advogado em vez de se apoiar no talento dela."

"Opa, calma ai cara...EU nem estou falando com você"

Ele disse de queixo erguido, mas Arthur sabia que toda essa marra era pelo fato de sentir-se protegido no meio de tanta gente.

"Mas eu estou falando com você, e estou dizendo que ela não está aqui para te servir de suporte, se não se garante sozinho se retire do cargo".

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