Sorriu ao lembrar o que aquele moreno russo estava conseguindo dela. Solta-la por completo. Só de imaginar que apenas naquela manhã tivera de fazer um esforço enorme para não ligar para ele e repetir a façanha da noite passada, aquilo tudo lhe fazia rir.
Arthur era incrível.
Suspirou intensamente e ouviu algumas batidas na porta.
"Entre"
Ela disse, mas havia um tom de irritação na voz. Por que sua secretária não lhe telefonara primeiro?
A porta se abriu, mas Lua não olhou para ela. Apenas continuou a rodar a cadeira de costas.
"De mau humor depois da performance de ontem cachinhos dourados? O que poderia te deixar mais feliz?"
Ela ouviu aquela voz recheada de sotaque às suas costas e seu coração disparou. Antes mesmo que se virasse o sorriso já habitava seu rosto.
"Arthur".
Ela disse simplesmente.
Os olhos deles se encontraram, haviam choques intensos no ar.
Ela se levantou e rodeou a mesa, ele continuava parado, apenas olhando-a com uma expressão indecifrável.
Ela também o encarou, seu sorriso se desfez, mas não a alegria dentro de si.
Estavam apenas a alguns metros de distância um do outro.
Arthur a olhava com intensidade.
Ele mesmo não compreendia os sentimentos que haviam se apossado dele. Deveria ter ido descansar após uma longa e exaustiva viagem, para então depois ocupar-se de telefonar a Lua, mas foi mais forte que ele, precisava vê-la com urgência.
Uma vez lá, ele decidira apenas entrar e conversar um pouco, talvez soltar algumas farpas para vê-la constrangida, nada mais que isso.
Mas seus planos desmoronaram no instante em que a viu sorrir.
Ele não soube responder por seus atos, ela não queria que ele explicasse.
Apenas aproveitou quando sentiu as mãos grandes e fortes puxando-a sem qualquer delicadeza para depois ser envolvida num abraço caloroso. Logo em seguida sua boca foi capturada num beijo desesperado, carregado de ânsia e saudade.
Os lábios dele se moviam sob os dela com fervor, a língua dançava em sua boca buscando tudo o que pudesse obter e em segundos ele a deixou em chamas.
"Arthur..."
Ela disse já ofegante.
"Senti sua falta - ele falou com a voz ambargada - Nossa, como eu senti sua falta."
Arthur a suspendeu nos braços e andou com ela até achar a parede lateral, pressionou-a e desceu os lábios pelo pescoço.
"Seu cheiro...É tão delicioso Lua..."
"Ahh"
Ela ofegou quando ele estampou um chupão em seu pescoço. Ficaria uma bela marca, e ela sabia disso, mas quem se importa? Foi o que ela disse a si mesma naquele momento.
Realmente não se importava, nada mais importava a não ser aquelas mãos grandes e experientes que haviam saído de sua cintura e agora estavam dispostas em suas nadegas e pernas. Sentiu sua perna direita ser levantada e a saia veio junto aumentando o contato e fazendo-a perceber que ele já estava ereto.
Lua agradeceu aos céus por ter escolhido aquele vestido, leve e soltinho. Agora podia sentir as mãos de Arthur acariciando toda a sua perna.
Ele remexia-se contra ela com rapidez, parecia com pressa. Os beijos estavam mais fortes e mais intensos.
"Arthur...Ai..."
Ela gemeu quando ele mordeu seu pescoço mais uma vez.
"Eu quero você"
Ele disse ofegante e a fez arregalar os olhos.
"Aqui?"
"Sim aqui".
"Mas Arthur...estamos... no meu escritório...alguém pode".
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