terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"Ele tem fama de galinha e conquistador".

"Sua namorada também, e isso não parece incomodar você".

"Não precisa ofender a Pérola".

"Não estou ofendendo-a, estou dizendo a verdade, além do mais, você ofendeu o Arthur primeiro. Você não o conhece Pedro, não o julgue".

"Estou apenas mostrando como me preocupo com você".

"Eu agradeço muito, mas já tenho um irmão, e além de tudo, Arthur é perfeito pra mim, ele me faz sentir como nenhum outro jamais conseguiu".
"Nossa Lua, achei que tínhamos tido um relacionamento legal, eu me lembro com muito carinho do que tínhamos".

Ela sorriu.

"Ora Pedro, mas eu não disse o contrário, apenas estou dizendo que não precisa se preocupar comigo, afinal creio que não poderia estar em melhores mãos - ela disse e depois rolou os olhos - E que mãos - Baixou o tom de voz para dizer isto, mas Pedro ouviu.

"Creio que você saiba o que faz. - ele disse descontente - Bom, espero mesmo que ele seja bom".

"Ah ele é...Sim ele é bom, muito bom. Em todos os sentidos que possa imaginar".

Lua retornou do almoço e foi direto para sua sala, ainda sentia o vigor da felicidade, apesar do desprazer de encontrar seu antigo noivo.

Sentou-se em sua cadeira e inclinou-a um pouco.

Quase um mês já se passara desde que ela começou a se encontrar com Arthur, em breve o acordo estaria terminado, ela o pagaria e estariam livres para seguir suas vidas.

Ela estaria livre para por sua vingança em prática.

Um leve desconforto revirou seu estomago quando pensou em transar com Pedro de novo.

Tinha certeza de que não sentiria nada.

Sim, Pedro a satisfazia, mas isso fora no passado, fora antes de Arthur.

Depois de ter conhecido a intensidade do prazer verdadeiro e suas varias facetas, como ela se sentiria com mais do mesmo? Por que era tudo o que Pedro poderia lhe dar, nada mais que alguns breves minutos de uma copula ritmada, como se ele ensaiasse e repetisse os mesmos movimentos sempre.
Percebeu ali que não estava mais interessada em se vingar de Pedro, sequer cogitava mais a idéia de dormir com ele.

Percebeu também que falara a verdade quando lhe dissera que se sentia agradecida por terem terminado. Realmente sentia.

Não fosse o fim daquele noivado ridículo, ela jamais teria se aproximado de Arthur.

Virou a cadeira de costas para a porta e começou a rodá-la.

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