terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"Arthur, o que é isso?"

Lua chamou sua atenção, não estava defendendo Pedro, mas não gostava que falassem por ela.

Ele a olhou, sabia que ela deveria estar muito chateada.

"Me desculpe" - ele quase sibilou.

Ela o encarou por alguns segundo antes de virar-se para Pedro.

"Não irei interferir no caso Pedro, eles podem acusar conflito de interesses, já que sou namorada do Arthur, vou me ater em supervisionar o caso apenas".

Ela foi fria e direta.

"Não sabia que ele mandava em você. Que coisa patética Lua".

Ele falou na intenção de machucá-la. Arthur deu um passo a frente, mas ela segurou sua mão intervindo.



"O que é patético Pedro é que você continue com este joguinho idiota. Não tenho culpa se o poder de persuasão do Arthur funciona e o seu não, agora se me der licença, vou fazer meu check in.

Pedro estreitou os olhos.

Lua passou por Micael em direção ao Check in e os outros a seguiram, quando Pedro fez menção de andar sentiu uma mão forte agarrar sua camisa e puxá-lo. Ele olhou Arthur assustado.

"Ei...O que..."

"Escuta aqui, sua Pedrita infeliz, não canta vitória antes do tempo. Não vou cair neste seu jogo idiota, não vai conseguir me afastar dela".



Pedro estreitou o maxilar.

"Lua não gosta de ser controlada".

Arthur então riu sarcasticamente.

"Ah gosta. De uma forma retórica, mas gosta sim. - Pedro entendeu perfeitamente que ele se referia a intimidade - O problema é que você era uma péssima torre de controle".

Então Arthur soltou-o e seguiu atrás dela.
O avião era enorme no ultimo momento conseguiram fretar um vôo, portanto o avião estava quase vazio.

Lua sentou numa das primeiras poltronas, querendo ficar distante de Pedro e outros passageiros. Queria evitar mais aborrecimentos por causa de Pedro. Seu humor estava péssimo. Estava frustrada, ansiosa e estressada. Nada poderia ser pior.

Arthur sentou ao seu lado com cara de poucos amigos, mas logo suavizou o semblante quando olhou pra ela e viu a irritação em seu olhar. Não permitiu que ela falasse.

"Me desculpe. Eu não quis ser grosseiro, perdi a cabeça".

Ela continuou calada.

"Ei, Lu... me desculpa - Ele passou a mão no rosto dela delicadamente - Eu cedi as provocações do Pedrita, eu sinto muito.

Ela gargalhou diante do apelido, foi impossível não gargalhar.

Então ele se sentiu um pouco mais confiante e beijou-a.

Cobriu seus lábios num beijo profundo e completamente excitante. Estavam tão vulneráveis que o desejo acendeu instantaneamente. 
Arthur perdeu o controle em minutos só em sentir os lábios quentes dela sobre os seus. Agarrou seu rosto com possessividade intensificando o beijo e logo a puxou para si.

Lua correspondeu com o mesmo fogo, passou as duas pernas por cima dos joelhos dele ficando quase sentada de lado sobre seu colo e deixou que ele estreitasse sua cintura.

"Chega".

Ela disse ofegante.

Ele a olhou incrédulo.

"Por que?" - perguntou de uma maneira que lembrou um menino o qual a mãe proibira de fazer algo.

"Estamos num avião, não vou ficar de amassos com você na frente de todos".

“Mas...Lua...isso não é sério é?"

Ele tinha os olhos quase desesperados e ela tentou controlar o riso.

"Não estou brincando Arthur, é uma questão de moralidade, o que vão pensar de nós se olharem para cá e verem que estamos nos agarrando feito dois adolescentes com os hormônios a mil?"

Dane-se o que vão pensar - ele apenas pensou, não ousou dizer em voz alta. Ao contrario disso, choramingou:

"Lua, não pode me deixar assim, neste...estado".

Ela olhou de esguelha e viu o quanto ele estava excitado. seu ventre quase virou do avesso.

Mas aproveitando uma onda de ousadia que apossou-se dela, a loira de olhos castanhos esverdeados levou uma das mãos até a ereção dele e apertou.

Arthur gemeu entre dentes.

"Nossa...Sinto muito Arthur..."

Sarcasmo, esta ai algo que Arthur nunca pensou em ver em Lua Blanco.

"Lua..."

"Comporte-se Arthur, seja discreto".

Então arrancando forças sabe-se de onde, Lua apenas virou-se um pouco de lado, baixou a poltrona e cobriu-se com um cobertor disponível na prateleira de cima.

"Vou relaxar um pouco, você deveria fazer o mesmo".

Ainda olhou de relance para ele e viu a expressão incrédula em seu rosto antes de fechar os olhos.

Estava tão excitada quanto ele, mas descobriu que ver Arthur Aguiar necessitado, era um fetiche seu.

Arthur encarou-a por vários minutos. Quis acreditar que ela estava brincando, que abriria os olhos e riria dele, mas ela não abriu.

Sentia o corpo pulsar com exagero desmedido, sentia-se quase primitivo e sua vontade maior era pegá-la pelos cabelos e arrastá-la para o banheiro do avião onde mesmo sem espaço a faria sua até não sentir mais as pernas.

Balançou a cabeça com remorso do pensamento machista e rude que tivera, mas a imagem de Lua presa no cubículo do banheiro do avião e ele entre suas pernas quase foi sua ruína.

Seja discreto Arthur... - ela havia dito. Então ela queria descrição.

No mesmo instante a aeromoça parou com um carro de bebidas e ele escolheu um Whisky, olhou de esguelha e ela ainda tinha os olhos fechados. Estava brincando com ele, ele sabia disso. Então ele sentiu uma súbita vontade de dar-lhe o troco.

Mas seria discreto.

Olhou a aeromoça que ria insinuantemente para ele.

"Posso ficar com esta faca?" - perguntou.

A mulher nem estranhou o pedido inusitado, apenas assentiu.

Arthur pegou a faca do carrinho e dispensou-a. Depois virou-se para Lua que ainda estava de olhos fechados. Daria-lhe de troco, algo para que ela jamais esquecesse.
Ele embrenhou as duas mãos, uma delas ainda segurando a faca, por baixo do cobertor, tocou de leve a saia dela e sorriu, o pano era molinho, ele tinha passe livre.

Passou a mão pela extensão da perna dela, trazendo mesmo com dificuldade, a saia para cima, até conseguir chegar no elástico da calcinha.

Ela gemeu sonolenta, mas logo despertou quando sentiu uma pressão maior em sua peça intima.

"Arthur...."

"Não se mova - ele disse baixo - Precisamos ser discretos".

"O que está fazendo - ela perguntou alarmada sentindo o gelado da lamina em sua perna - O que é isso?"

"Shhh olhos lindos, vai chamar a atenção".

Com um puxão ela sentiu o elástico fino da peça que usava estourar.

"Arthur..."

Foi quase um soluço.

Mas ele não se deteve, simplesmente enlaçou sua cintura e puxou-a de uma vez sentando-a em seu colo, e apossando-se do outro elástico, arrancando-o da mesma forma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário