terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"Fantástico Arthur Aguiar, como sempre".

"Podemos ir agora?"

"Devemos ir agora" - ela rebateu. Beijou-o com uma intensidade incrível e depois ajeitou as roupas. Arthur acompanhava cada movimento seu.

Lua perguntou à caminho do carro quando aprendera a ser sedutora. De onde tirara aquela coragem.

Riu sozinha. No fim não compartilhavam das mesmas idéias.

Arthur diria que corrompera Lua Blanco, ela achava diferente:

Arthur Aguiar libertara Lua Blanco.
"Dê-me cinco minutos para fazer uma mala"

Havia dito Lua antes de saírem no apartamento, mas Arthur não deixou:

"Não será necessário. Tenho certeza de que se divertirá muito mais se comprar o que precisa na ilha, nos dará um bom motivo para explorarmos o local, ou então realmente não lhe deixaria sair do hotel. Quer dizer, não creio que precisará de muita coisa, já que realmente terá grandes dificuldades para deixar aquele quarto".

Ela sorriu e assentiu.

Era maravilhoso sentir-se daquela maneira. Estar apaixonada, sim ela já admitira a si mesma que estava, deixava-a leve, como se andasse nas nuvens. Ao mesmo tempo era desesperador, pois sabia que tudo aquilo tinha um momento para acabar.

Durante o trajeto, Lua permanecera calada, pensativa.

Poderia revelar a Arthur que o amava? Que o queria por mais que meros dois meses? Que este tempo não seria suficiente?

E se ele não sentisse nada por ela. Nada alem do desejo irrefreável, pareceria então uma tola adolescente que doara muito em troca de nada. Isso lhe deixava em pânico.

Quando chegaram ao aeroporto, Micael já estava esperando-os. Assim como Pedro Cassiano e o restante da equipe de defesa.

Arthur passou o braço possessivamente pelos ombros dela e estampou o melhor sorriso quando apertou a mão do irmão, sob o olhar frio e invejoso de Pedro.

"Minha advogada?"

Perguntou Micael com gracejos.

"Sim, sua advogada".

Micael levou os braços na intenção de cumprimentar Lua com um abraço, mas ela foi puxada para trás com delicadeza.

"É sua advogada e minha garota, tire as mãos dela".

Micael gargalhou e abraço Lua mesmo assim.

"Thutuzinho, sempre ciumento e possessivo, que coisa feia meu irmão".

Arthur riu e abraçou o irmão.

Lua tinha um semblante incrivelmente feliz e satisfeito. Os olhos brilhavam e não era qualquer brilho, era o brilho da paixão.

Aquilo despertou um monstro dentro de Pedro e ele resolveu que, pelo menos durante aquela semana, estaria seguro o suficiente contra Arthur.

Tomado por um impulso repentino Pedro aproximou-se.

"Bom dia. - ele disse seco para Arthur - Como vai Lua?" - Ele já lhe dirigiu uma voz mais doce e tomou-lhe mão para beijar sem que ela esperasse.

Arthur estreitou os olhos, mas nada fez.

"Bom dia Pedro"

Lua disse educadamente retirando a mão.

"E ai Pedro , não vai levar a Pérola?"

Arthur disse com um tom firme e cínico e Pedro entendeu a indireta.
"Estou a trabalho Aguiar e não me lua de mel"

Respondeu com superioridade, mas ao contrario de se ofender ou se irritar com a petulância dele, Arthur riu.

"Então será o único".

Micael gargalhou assim que compreendeu do que se tratava a tensão entre os dois homens.

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