terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

Sabia que não precisaria se preocupar com o irmão. Além de Arthur saber tirar aquilo de letra, estava estampado a palavra amor na face de Lua, não via quem não queria.

"A equipe está toda aqui Lu - disse Pedro com intenção de provocar ao chamá-la pelo apelido - Poderíamos nos reunir durante a viagem e discutir..."

"Temo que não vá ser possível Pedro - Arthur quase cuspiu o nome dele - Não poderão dispor da maravilhosa companhia de minha namorada durante a viagem, já que ela irá comigo no compartimento privativo do jato e eu realmente não estou disposto a dar um minuto de sobra para deixar o lugar".

Pedro trincou os dentes.

"Pretende amarrá-la Aguiar? Vai trancar os pulsos dela na poltrona".

Lua arregalou os olhos e ia dar uma resposta, mas Arthur adiantou-se.

"Ah não Pedro. Não recorrerei aos únicos métodos que você conhece para prender uma mulher, tenho maneiras mais sutis e muito mais...eficientes... de fazê-la ficar lá. Garanto a você, ela não vai querer sair. Agora se me dão licença, estou em lua de mel, e ela está começando agora".

Sem dar chances de réplica, Arthur agarrou Lua pela cintura e a levou para o Jato com um sorriso no rosto de vitória.
Ilha da madeira era o que se podia chamar de um pedaço do paraíso na terra. Havia um 'que' de campos Elísios das histórias mitológicas, era sem duvida um lugar digno de deuses.

Foi assim que Lua sentiu-se assim que pisou em solo Português.

Uma deusa, mas não era apenas pela beleza e perfeição do lugar, era em si por todo o conjunto, formado por uma ilha paradisíaca e Arthur Aguiar, nada no mundo poderia ser mais excitante e mágico que aquilo.

Pedro ainda tentou aproximar-se de Lua usando uma desculpa esfarrapada sobre algo burocrático que seria apresentado na segunda feira, mas não conseguiu.

No momento em que ouviu o seu nome ser chamado, Lua fez menção de virar-se e responder o chamado, mas Arthur arrebatou sua boca num beijo exigente e possessivo, um beijo que fez com ela esquecesse tudo ao seu redor, um beijo que intimidou Pedro ao ponto de estancá-lo no lugar, um beijo que revelava o que quanto ambos se queriam e onde Arthur dizia claramente que não permitiria que ninguém se impusesse entre eles.
Quando sentiu os lábios dele largando os seus Lua tremeu, primeiro pela sensação de abandono que sofria sempre que isto acontecia, depois por ver o sorriso zombador na face dele ao encarar Pedro.

Ela comprimiu o cenho.

"Está mesmo me usando de bola, neste seu jogo de pingue pong com o Pedro?"

em vez de se fechar o sorriso dele se alargou mais.

"Bola? Nunca olhos de lindos. Eu jamais lançaria você em direção a ele, mesmo que fosse rebatendo".

Ela ficou ainda mais carrancuda.

"Lua, me desculpe, acho que este é um dos meus defeitos - ele disse com os lábios colados ao ouvido dela o que lhe causou tremores - Sou possessivo, amor.

Lua tremeu mais uma vez, ele a chamara de amor de novo. Seus olhos umedeceram, como ela gostaria que houvesse sentimento na palavra.

"Mesmo assim Arthur, não acho correto agir assim".

"Também não acho correto ficar quieto enquanto ele te come com os olhos, mas estou aqui não estou?"

"NÃO sabia que era machista".

"Eu também não sabia. - ele disse parecendo serio - Até você aparecer. Tudo o que eu sei agora é que eu te quero muito, e quero só pra mim".

Os calafrios aumentaram.

"Esquece este idiota e se concentra em mim - ele mordiscou o lábio inferior dela fazendo com que sua raiva passasse instantaneamente - Concentre-se no momento. estamos aqui, você e eu, neste lugar fantástico, eu reservei a suíte principal par nós. Vou fazer estragos em você hoje e a noite".

Ela não conseguiu deixar de sorrir.

"Vai me estragar?"

"AH vou, vou sim. Você deve se preparar psicologicamente Lua, pois hoje a noite ou você fica satisfeita ou traumatizada".

Ela gargalhou.

"Sabe Arthur, sua modéstia me assusta.

"E sua boca me enlouquece. - ele a beijou de novo, quente e sofregamente - Me diz que está tão ansiosa quanto eu pra chegar naquele quarto".

Ela sorriu com a boca ainda colada a dele.

"Onde está o carro?"

Ele lhe devolveu o sorriso e pegou sua mão guiando-a para um Audi preto estacionado no meio fio.

"Sua carruagem minha rainha" - ele disse lhe fazendo uma reverencia e abrindo a porta do carro. Ela entrou sorrindo.

"A propósito Lua, você gosta de chocolate suponho".

Ela confirmou.

"Sim, gosto".

"Qual tipo?"

"Todo tipo. Prefiro branco, mas amo chocolate de toda forma".

Ele sorriu, um sorriso carregado de malicia e promessas.

"Bom saber".

E assim arrancou o carro deixando um Pedro esquecido e possesso para trás.
O King Aguiar Hotel era na verdade um conglomerado charmosíssimo de chalés 5 estrelas. o mais incrível era o formato da construção, lembrava mesmo uma taba indígena, os chalés eram dispostos em um enorme circulo e no centro ficava um centro de comercio, com lojas próprias de roupas, restaurante, bar, boate e um centro de lazer com quadra e salão de jogos, além de piscinas e uma boate de Striptease.

Ficava localizado na praia alagoa, num ambiente espetacular com uma vista incrível do mar e a distancia entre os chalés e a praia era mínima.

A suíte principal era um lugar fantástico, parecia um chalé de contos de fadas, não tinha ares sedutores como era de costume uma suíte destinada a casais, principalmente recém casados, que era o foco principal daquele lugar, mas sim um ar romântico, mágico.

Lua não saberia explicar por que Arthur escolhera aquele chalé, mas estava encantada.

"Gostou?"

Ele perguntou quando envolveu sua cintura e amparou o queixo em seu ombro fazendo-a sentir o sopro da sua voz no ouvido e estremecer.

"É perfeito".

ela disse boba.

"Vai ficar mais perfeito ainda".

Ele falou e sem cerimônias virou-a para si, e a beijou avidamente.

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