terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

"Se eu entrar naquele quarto com você, não me dará chances de conversar Arthur".

Ele sorriu.

"Prometo que não te toco até que tenha dito tudo o que quer".

Ela o olhou desconfiada.

"Promete?"

"Sim, prometo".

"Ok então".


“Longe demais, Arthur Aguiar!” - Ela sibilou no momento em que Arthur fechou a porta do quarto atrás de si. Estavam sozinhos, era seguro discutir agora - “Você foi longe demais dessa vez!”

“Que isso, Lu...” - Arthur tentou apaziguar, se aproximando.

“Não! Não se aproxime! Você prometeu!” - Arthur bufou, tomando distância. “Você não liga, não é?! Aliás, é bem pior que isso, você não faz idéia do que fez! Da proporção do problema que poderia ter causado, minha carreira, minha dignidade estava em jogo naquele avião, Arthur, não era só Pedro! Não era só o meu ex, eram meus companheiros de trabalho! Era uma viagem de trabalho! Toda a reputação que eu lutei tanto pra construir podia ter ruído assim!” - Ela estalou os dedos, Arthur se encolheu - “Será que isso não passou pela sua cabeça?”

Pra falar a verdade, não passara. Ele tinha alguma idéia de que ela ficaria brava por ser subjugada por ele assim, mas ele certamente não estava esperando uma explosão tão grande. Ele se recostou à penteadeira enquanto ela andava de um lado para o outro em cima do tapete.

"Mas, não! Pra você é tudo um jogo! Tudo um tipo de brincadeira! Você nem se importou como que poderia acontecer comigo, tudo o que lhe importava naquele momento era saciar seus desejos, suprir suas necessidades, não era?! Só sua vingança era importante, fui exposta ao ridículo, todos estão falando pelas minhas costas, com toda a certeza e tudo porque você é uma criança mimada que não sabe ouvir não como resposta! Você pensa que um relacionamento é só sexo, mas esta é uma lição que você tem que aprender, professor! Não é!"

"Lua..." - Ele tentou intervir, ela estava conseguindo controlar o volume de sua voz, mas não o nível de suas palavras, estava começando a se exaltar e ele não queria vê-la assim.

"É companheirismo, é cooperação e acima de tudo, respeito! E você não demonstrou respeito nenhum por mim! Nem por mim, nem para o que eu queria! Você me usou, simplesmente, como bem quis e não atinou para as possíveis conseqüências!"

"Olhos lindos..." - Arthur tentou outra abordagem, aproximando-se, mas ela estava incontrolável.

"Foi inapropriado, irresponsável e inaceitável, Arthur! Francamente!"

"Aceito tudo isso se você admitir também que foi incrível!" - Ele se aproximou outra vez, de supetão, fazendo Lua tropeçar na palavra e no caminhar apressado - "E que nunca sentiu tanto prazer em toda a sua vida. Admita!"

"E o que isso tem a ver?"

"Admita, Olhos lindos” - Ele deu outro passo em sua direção, sorrindo enviesada mente, Lua tentou recuar, mas se viu presa entre ele e a mobília do quarto - " Você só está brava porque achou que teria mais controle sobre si mesma"

"Você prometeu que não me tocaria..." - Ele se impôs contra ela, Lua vacilou.

"... Até que você dissesse tudo que tem em mente" - Arthur terminou por ela - "Realmente prometi. Mas, creio que você já disse tudo o que queria, não disse?”

"Não, não disse."

"E o que mais você tem pra me dizer, meu amor?"

Eles se encararam, novamente aquela pequena palavra pairava entre eles, Lua sentiu o coração aquecer, apertar e encolher. De repente, pegou-se desejando que ele tivesse sido dito com verdadeira sinceridade,

Arthur se viu refletindo porque aquelas quatro letrinhas viviam escapando de sua boca ultimamente e porque ele se sentia tão a vontade de chamá-la assim, na verdade, porque achava tão certo chamá-la assim.

"Que da próxima vez você encontre outro jeito de me despir, eu gostava daquela calcinha!"

Ele gargalhou, ele tinha que gargalhar. Aquela mulher era a coisa mais complicada que já lhe tinha atravessado a vida. Como podia estar tão furiosa em um segundo e tão atraente no outro? Bom ele não sabia, mas também pouco importava, naquele momento não havia nada que ele quisesse mais que não fosse Lua, sua Lua.

Ele se aproximou mais e a agarrou pela cintura.

"Tem muitas coisas que eu preciso aprender Olhos lindos, você tem toda razão quando diz que eu sou mimado e que raramente ouço um não, tem razão ao dizer que fui irresponsável e que não pensei na sua carreira - ele balançou a cabeça - Não eu realmente não pensei, tudo o que eu conseguia ver na minha frente era você. Que se danasse o Pedrita, que se danasse o avião, que se danasse o mundo".

Ela o olhava, tentando capturar com rapidez os significado de cada uma daquelas palavras.

"Mas está errada quando diz que isto é um jogo. Não é, não pra mim. Nunca foi.”

Ele estava a centímetros do rosto dela e seu hálito estava conseguindo fazer as vezes de afrodisíaco. Estava terrivelmente excitada. Ele tinha este poder sobre ela, não importava em que situação se encontrassem, ele poderia apenas estalar os dedos e ela ficaria excitada.

Arthur encarou a mulher a sua frente. Há muito vinha pensando no fato de sentir-se tão diferente com ela. Sim, sempre se considerou um homem com um apetite sexual aguçado, mas não era a mesma coisa. Lua era um vicio. um vício que ele precisava saciar o tempo inteiro. Ela estava na sua cabeça 24 horas por dia e não tinha haver só com o desejo que sentia por ela. Tinha haver com o que ela havia dito antes. Carinho. Respeito.

Deus sabe que ele queria mais do que sexo com ela, queria cuidar dela, queria ouví-la quando ela precisasse, queria fazê-la sorrir. Tudo havia começado como um jogo, para os dois, mas ele havia se apaixonado por ela e daria tudo para que ela acabasse com aquela história idiota de contrato de dois meses e ficasse com ele para o resto da vida.

Queria pedí-la em casamento e lhe dizer que desejava muitos filhos. Mas não o faria, pelo menos não agora. Ele não tinha certeza dos sentimentos de Lua, ela o desejava sim, mas desejo e amor não tem o mesmo significado.

Esperaria até que aquela história maluca se findasse naquele mês e então ele acabaria com aquela farsa, isto lhe daria tempo para descobrir mais sobre ela e também para preparar o que tinha em mente. Um coisa Arthur tinha certeza, ela não voltaria para a cama de Pedro.

" Você não faz...idéia, do poder que exerce sobre mim olhos lindos".

Ela sorriu.

Era doce ouvir aquilo dos lábios dele, fazia com que ela se sentisse poderosa.

Sentiu os dedos dele correrem por baixo da sua saia e agarrarem sua peça intima.

"Você gosta desta também?" - Perguntou maroto.

Ela riu.

"Você tem algum problema com as minhas calcinhas não tem?"

"Com certeza. - ele disse - Elas sempre estão no lugar errado e na hora errada".
Ele não demorou quase nada para removê-las.

Não precisava ser nenhuma sábia para compreender que Arthur estava no limite por ela. Lua buscava uma explicação para tanto desejo. Podiam fazer sexo várias e várias vezes seguidas e nunca estavam satisfeitos o suficiente.

Arthur a buscava com certo desespero, apesar de terem feito amor no avião a tão pouco tempo.

"Você não cansa Aguiar? - ela perguntou sarcástica.

"Nunca de você".

A resposta a arrepiou, não só pelas palavras, mas por que elas vieram sérias, verdadeiras.

Ele passou as mãos por seus ombros, puxando-a mais para si. As mãos dele pressionaram os ombros com mais força, enquanto a puxava para mais junto do corpo. ela gemeu.

Sem esperar muito, entendendo todos os sinais que ela lhe emitia, Arthur a beijou com sofreguidão, com impaciência e com paixão.

Suas mãos ávidas percorreram o corpo pequeno e delicado, buscando dela o máximo que pudesse sorver.

Ele a beijou repetidamente até senti-la completamente entregue e então sem aviso começou a arrancar suas roupas.

Não eram simplesmente tirá-las, era arrancá-las, no sentido literal da palavra. Rasgá-las, esfarrapá-las por completo.

Ela não disse uma palavra em protesto. Aquilo simplesmente mexia demais com sua libido e a deixava em estado de excitação pura.

O beijo já se iniciou selvagem. impaciente ele passou os braços com força em torno do corpo dela. Apertou-a mais e esmagou com os seus, os lábios dela.

Ela sentiu o ar se comprimir dentro dela, mas nada mais fazia sentido, e ela realmente queria que tudo se danasse.

Acabou a raiva, o moralismo e tudo o que vinha acompanhando seus sensos de correção. Tudo morreu ali, na boca dele.

Logo os dois estavam nus. ele a fez abrir as pernas na intenção tocá-la intimamente.

Ela arqueou com o contato e ele sorriu abertamente quando constatou que ela estava muito molhada. Seus dedos escorregaram para dentro repetidas e rápidas vezes, já que a paciência não parecia ser uma característica de nenhum dos dois naquele exato momento.

“Arthur Não — começou ela a murmurar - Arthur... não... Por favor".

As palavras saíram quebradas, sem nexo. Ele a encarou aturdido, mas sem parar e viu a sombra que nublava seus olhos. A boca aberta, o ar falho.

"Arthur... Não...pára.”

Ela finalmente conseguiu juntar as palavras certas e formar uma frase condizente, ele quase gargalhou, mas não era o melhor momento. Ele se forçou a ir cada vez mais rápido. Sua própria resistência estava se esgotando.

Os lábios se juntaram sofregamente e ela rodeou o pescoço dele com as duas mãos buscando apoio, enquanto continuava a sentir os dedos dele escorregando dentro de si com avidez.

Ele gemeu e ele a tocou mais fundo.
Ele a beijou mais forte e ela recebeu com avidez a língua dele em sua boca, ofereceu a dela com o mesmo entusiasmo demonstrando que tinha uma fome quase tão selvagem e incontrolável quanto a dele, convidando-o com gestos a continuar.

"Oh, Deus não. - murmurou ela, quando seu ventre endureceram e tremeu e ela soube que estava a ponto de explodir. - Não assim".

Com uma urgencia acima do comum, ela o obrigou a se deter. Arthur a olhou com curiosidade, mas ela apenas pegou seu pulso e afastou sua mão.

"Não quero assim... - Disse ofegante - Quero você dentro de mim. Agora!"

"Seu pedido... Uma ordem...minha rainha" - ele disse entrecortado.

Logo ele estava dentro dela, e ela o sentiu preenchendo cada espaço, cada célula sua.

Fechou os olhos com um suspiro de rendição.

Quase enlouqueceu ao sentir aquelas pernas longas e lindas não enroladas em torno do seu quadril e ela não demonstrava tanta urgência que desafiava sua resistência.

Sentiu Lua enfiando as unhas em suas nádegas e aquilo o levou ao limite.

"Arthur... Venha pra mim...Agora venha com força e depressa".

Ela definitivamente queria abusar de seu poder de controle. Ele só conseguiu murmurar uma ou duas palavras que não acordaram entre si e acelerou os movimentos. Se ela o que ela desejava assim, era o que teria.

Os movimentos se intensificaram.

"Meu Deus — gemeu ela quando atingiram o clímax, gemendo juntos, com espasmos violentos.

Suas costas se arquearam, assim como as dela. Em seguida, apertou-a fortemente contra o corpo, enquanto atingia o céu como nunca antes.
Ele retirou as pernas dela de sua cintura com um suspiro que revelava toda sua exaustão, então caiu mole para o lado.

Olhou para o teto, respirando fundo e pausadamente, tentando recuperar o controle do ar. Pelo menos na sua respiração ele tinha que ter o controle.

"Uau"

Foi tudo o que ela disse e ele sorriu. Era exatamente assim que se sentia.

Arthur puxou-a para si com o pouco de força que lhe restava e ela foi sem qualquer protesto, a briga de antes completamente esquecida.

"Arthur..." - ela começou, mas ele pôs um dedo em seus lábios.

"Shhh...Não fala nada, apenas sinta". - ele disse num sussurro e ela obedeceu. Fechou os olhos e deixou-se levar, pelos sentimentos maravilhosos que agora explodiam dentro dela, em conseqüência desta fantástica noite de amor

Madeira era sem duvida impressionante, magnífica e única.

A semana já havia passado quase toda e Lua a aproveitou intensamente.

Descobriu cada lugar daquela ilha paradisíaca, divertiu-se com cada uma das peculiaridades do King Aguiar e fez amor com Arthur todas as noites e manhãs daquela estadia.

O processo corria facilmente, pouco se precisava dela e por isso, o tempo para namorarem era bem maior.

Arthur também estava exultante com a semana passada ao lado da loira. Nunca havia sentido-se tão feliz e cada vez mais a certeza de que queria estar com ela para sempre crescia dentro dele.

Iria pedí-la em casamento no momento certo, se ela pensasse muito iria beijá-la até que seu cérebro entrasse em curto e ela não conseguisse dizer qualquer coisa além de "sim" e então teria aquela mulher maravilhosa e intensa em sua cama para sempre.

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