domingo, 23 de outubro de 2011

O Professor ( Adaptada )

Ela nunca imaginou ser capaz de transar após uma briga. Sempre que discutia com Pedro seus ânimos se alteravam apenas para a raiva, nunca sentiu tesão para aplacar uma discussão com sexo. Sempre esfriava a cabeça antes de voltara ter qualquer contato com ele.

Também nunca imaginou que seria capaz de transar no banco do carro, num estacionamento aberto de um prédio lotado de gente.

Ficou imaginando o que a Sra Figg do 402 diria se houvesse passado pelo local. Teve vontade de gargalhar ao imaginar a expressão de puro terror que a senhora faria ao presenciar tal cena, mas estava tão exausta que tudo o que conseguiu foi rir pelo nariz.

"Deus, eu poderia ter sido presa por atentando ao pudor".

Era inacreditável o que ela tinha acabado de fazer.

Mais inacreditável ainda era saber que após isso ainda tivera energia para três orgasmos indescritíveis sob o tapete da sua sala e sua própria cama.

"O que este homem está fazendo comigo?" - Ela perguntou a si mesma.

Arthur estava transformando-a de maneira selvagem, ele era intenso e a obrigada a acompanhá-lo. E que disse que ela estava achando algo ruim? Muito pelo contrário, ela se sentia mais viva que nunca.

Olhou de lado e o viu dormindo.
Ele era de fato lindo.
Sorriu, mas em alguns segundos seu sorriso morreu. Morreu com a presença de uma fisgada em seu ventre.

"Não posso estar excitada de novo! - disse a si mesma - Isso não é normal, por Deus isso não é normal".

Ela assustou-se com o que sentiu.

Sentia o corpo mole e cansado, mas sim, estava com desejo de novo, e desafiaria as os limites de seu próprio corpo se Arthur estivesse acordado.

Balançou a cabeça repreendendo a si mesma.

Lua levantou devagar, não queria acordá-lo, resolveu tomar um banho relaxante e ver se assim conseguia aplacar aquela onda louca e desenfreada de desejo que a consumia.
Lua entrou no banheiro desnorteada. Aquilo tudo, aquela enxurrada de sensações, era tudo muito novo pra ela e a assustava.

Como podia desejá-lo daquela maneira? Apenas olhando suas costas nuas? sem um toque ou uma palavra de incentivo? Por que se derretia daquele jeito com Arthur?

Eram perguntas que ela tinha medo da resposta.

Entrou embaixo d'água e deixou que a corrente caísse em seu corpo, quem sabe a água não aplacaria aquele desejo louco que tomava conta dela e trazia de volta seu bom senso e seus antigos pudores.

Estava absorta em seus pensamentos, os olhos fechados, quase cerrados.

Deu um pulo de susto quando sentiu as mãos firmes de Arthur envolvendo-lhe a cintura.

Estremeceu sobre o contato do corpo quente contra o seu.

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